Platão distingue dos tipos de conhecimento
o sensível e o inteligível, que se subdividem em outros graus. Observando a
ilustração da caverna, identificamos quatro formas da realidade:
- As sombras: a aparência sensível das coisas;
- As marionetes: a representação de animais, plantas etc., ou seja, das próprias coisas sensíveis;
- O exterior da caverna: a realidade das idéias;
- O sol: a suprema idéia do bem.
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A alegoria da caverna é a metáfora que serve de base para Platão expor a dialética dos graus do conhecimento. Sair das sombras para a visão do Sol representa a passagem dos graus inferiores do conhecimento aos superiores: na teoria das idéias, Platão distingue o mundo sensível, o dos fenômenos, do mundo inteligível, o das idéias.
O mundo sensível, percebido pelos sentidos, é o local da multiplicidade, do movimento; é ilusório, pura sombra do verdadeiro mundo. Por exemplo, mesmo que existam inúmeras abelhas dos mais variados tipos, a idéia de abelha deve ser uma, imutável, a verdadeira realidade.
O mundo inteligível é alcançado pela dialética ascendente, que fará a alma elevar-se das coisas múltiplas e mutáveis às idéias unas e mutáveis. As idéias gerais são hierarquizadas, e no topo delas está a idéia do Bem, a mais alta em perfeição e a mais geral de todas – na alegoria, corresponde à metáfora do Sol. Os seres em geral não existem senão enquanto participam do Bem. E o Bem supremo é também a Suprema Beleza: o Deus de Platão.
Percebemos
então que, acima do ilusório mundo sensível, há as idéias gerais, as essências
imutáveis, que atingimos pela contemplação e pela depuração dos enganos dos
sentidos. Como as idéias são a única verdade, o mundo dos fenômenos sé existe
na medida em que participa do mundo das idéias, do qual é apenas sombra ou
cópia. Trata-se da teoria da
participação, mais tarde duramente criticada por Aristóteles.
Como
é possível ultrapassar o mundo das aparências ilusórias? Platão supõe que o
puro espírito já teria contemplado o mundo das idéias, mas tudo esquece quando
se degrada ao se tornar prisioneiro do corpo, considerado o “tumulo da alma”.
Pela teoria da reminiscência, Platão
explica como os sentidos são apenas ocasião para despertar na alma as
lembranças adormecidas. Em outras palavras, conhecer é lembrar.
Referência: ARANHA,Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires - Filosofando Introdução a Filosofia – 4. ed. – São Paulo : Moderna, 2009.
Edislaine pelo que pude entender o que caracteriza o mundo das ideias é a noção de que o homem está em contacto permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é uma realidade permanente, imutável, igual a si mesma e a segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes e mutáveis.
ResponderExcluirPara Platão, o belo é identificado com o bem, com a verdade e a perfeição. A beleza existe em si, separada do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na ideia suprema de beleza. Neste sentido criticou a arte que se limitava a copiar a natureza, o mundo sensível, afastando assim o homem da beleza que reside no mundo das ideias. As obras de arte deviam seguir a razão, procurando atingir tipos ideais, desprezando os traços individuais das pessoas e a manifestação das suas emoções. Platão ligou a arte à beleza.
Disponível em: http://renatanassib.blogspot.com.br/2011/08/platao_29.html. Acesso em 19/05/2012.
A teoria das ideias ou teoria das formas é um corpo de conceitos filosóficos criado por Platão. Esta teoria assevera que a realidade mais fundamental é composta de ideias ou formas abstratas, mas substanciais. Para ele estas ideias ou formas são os únicos objetos passíveis de oferecer verdadeiro conhecimento. A teoria foi desenvolvida em vários de seus diálogos como uma tentativa de resolver o problema dos universais.As ideias ou formas residiriam no mundo inteligível, fora do tempo e do espaço.
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