sexta-feira, 4 de maio de 2012

ED04 - Filosofia Moderna





Filosofia Moderna



Se antes o foco da reflexão era a teologia, na modernidade prevalece a visão antropocêntrica. O século XVII representa, portanto, a culminação de um processo que modificou a imagem do próprio ser humano e do mundo que o cerca. O racionalismo, a confiança no poder da razão. E uma das expressões mais claras desse racionalismo é o interesse pelo método. Descartes é considerado o “pai da filosofia moderna”, porque, ao tomar a consciência como ponto de partida, abriu c aminho para a discussão sobre ciência e ética, sobretudo ao enfatizar a capacidade humana de construir o próprio conhecimento, por isso seu pensamento é dito “cartesiano”. Desde muito jovem, o filósofo interessou-se por matemática geometria e álgebra. Descartes só interrompe a cadeia de dúvidas diante do seu próprio ser que duvida:[...] assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade eu penso, logo existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de  abalar, julguei que podia aceita-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da filosofia que procurava. Descartes julga estar diante de uma idéia clara e distinta, a partir da qual seria reconstruído todo o saber. A existência de Deus é garantia de que os objetos pensados por idéias claras e distintas são reais. Portanto, o mundo existe de fato. E, dentre as coisas do mundo, o meu próprio corpo existe. Ao contrário do racionalismo, o empirismo enfatiza o papel dos sentidos e da experiência sensível no processo do conhecimento.
John Locke critica a doutrina das idéias inatas de Descartes, afirmando que a alma é como uma tabula rasa. Lokce distingue duas fontes possíveis para nossas idéias: a sensação e a reflexão. A sensação, cujo estímulo é externo, resulta da modificação feita na mente por meio dos sentidos. A reflexão, que se processa internamente.
David Hume preconiza o método de investigação, que consiste na observação e na generalização. Afirma que o conhecimento tem inicio com as percepções individuais, que podem ser impressões ou idéias, distingue-se do pensar (idéia) apenas pelo grau de intensidade. Para Hume as idéias são cópias mais fugazes e menos vivazes das experiências. A partir dessa constatação, Hume tenta explicar como o homem produz as idéias complexas, ao mesmo tempo em que testa as idéias metafísicas dos racionalistas colocadas na mesma problemática.
 Immanuel Kant, examinou as possibilidades e limites da razão em sua obra Crítica da razão pura, na qual indaga sobre “o que podemos conhecer”. Kant explica que o conhecimento é constituído de algo que recebemos de forma, da experiência (a posteriori) e algo que já existe em nós mesmos (priori) e, portanto, anterior a qualquer experiência. Kant conclui, portanto, não ser possível conhecer as coisas tais como são em si. Decorre dessa constatação a impossibilidade do conhecimento metafísico.

Referência:- ARANHA,Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires. (Filosofando Introdução a Filosofia).


2 comentários:

  1. Na modernidade a chamada Idade da Razão, surgiu à necessidade de redefinir os paradigmas, Descartes na declaração, "penso logo existo", declara que o homem, ser racional por natureza, tem a capacidade de alcançar o conhecimento e mais que isso, sua existência é definida pelo ato de pensar.
    A filosofia da idade moderna nasceu graças aos trabalhos dos protagonistas do renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV entre eles Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Emanuel Kant.

    Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/039-039-filosofia-moderna. Acesso: 04/05/2012.

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  2. A partir da modernidade passou-se a delinear melhor os limites do estudo filosófico. Inicialmente, como atestam os subtítulos de obras tais como as Meditações de René Descartes e o Tratado de George Berkeley, ainda se fazia referência a questões tais como a da prova da existência de Deus e da existência e imortalidade da alma. Do mesmo modo, os filósofos do início da modernidade ainda pareciam conceber suas teorias filosóficas ou como fornecendo algum tipo de fundamento para uma determinada concepção científica (caso de Descartes), ou bem como um trabalho de "faxina” necessário para preparar o terreno para a ciência tomar seu rumo (caso de John Locke), ou ainda como competindo com determinada conclusão ou método científico (caso de Berkeley, em The Analyst, no qual ele criticou o cálculo newtoniano-leibniziano – mais especificamente, à noção de infinitesimal – e de David Hume com o tratamento matemático do espaço e do tempo). Gradualmente, contudo, a filosofia moderna foi deixando de se voltar ao objetivo de aumentar o conhecimento material, i.e., de buscar a descoberta de novas verdades – isso é assunto para a ciência – bem como de justificar as crenças religiosas racionalmente. Em obras posteriores, especialmente a de Immanuel Kant, a filosofia claramente passa a ser encarada antes como uma atividade de clarificação das próprias condições do conhecimento humano: começava assim a chamada "virada epistemologica"
    Disponivel no site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_moderna

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