sábado, 12 de maio de 2012

Método Pedagogizador e a prática educacional voltada para intersubjetividade - AVA03



A preocupação fundamental dessa filosofia é a realidade prática, é a busca do eficaz, da utilidade, enfim, de tudo aquilo que não for especulação teórica desinteressada. Qualquer investigação só é válida se apresentar alguma proposta que satisfaça aos interesses da comunidade. Assim, o pragmatismo justifica todo comportamento ético humano, sempre que ele se apresente como útil. Nas questões econômicas justifica as gestões da burguesia, desde que ela produza riqueza e que encontre alguém que trabalhe para ela. Do mesmo modo, quando examinam as formas religiosas, os pragmatistas afirmam que uma religião é verdadeira quando ela é cultuada, não fazendo nenhuma distinção entre elas, sejam pagãs, cristãs, esotéricas, animistas, etc. Todas são boas, desde que praticadas por um grupo. Se a religião desaparece, é porque não era eficaz, útil, boa.
            Para os pragmáticos, a relevância das informações resulta da interacção entre os organismos inteligentes e o ambiente, o que leva a pôr em causa os significados invariáveis e as verdades absolutas: as ideias, para o pragmatismo, são meramente provisórias, podendo vir a sofrer alterações a partir de investigações posteriores.
             Ao estabelecer o significado das coisas a partir das suas consequências, o pragmatismo tende a ser associado à practicidade e à utilidade. Porém, uma vez mais, esta concepção depende do contexto.
            O pensamento educacional pragmático foi sistematizado por John Dewey e teve profundas repercussões no mundo inteiro. A concepção educacional desse educador norte-americano costuma ser alinhada junto ao liberalismo. No entanto. Como sua proposta educaional vai além do liberalismo, ele será tratado junto com a filosofia que ajudou a consolidar.

Referência: ARANHA,Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires - Filosofando Introdução a Filosofia – 4. ed. – São Paulo : Moderna, 2009.

2 comentários:

  1. A prática da intersubjetividade, produtora de sujeitos capazes de linguagem e de ação, com opinião e vontade formadas de modo a possibilitar liberdade comunicativa, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, são os pressupostos de qualquer sociedade democrática, essenciais à educação.

    ResponderExcluir
  2. Edislaine Sabe-se que o estilo pedagogizador limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado, e que este é o papel da escola na sociedade disciplinar. Já Habermas propõe um modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação, entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas, autônomas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”.
    Disponível no site: http://www2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=653&dd99=view. Acesso em 14/05/2012.

    ResponderExcluir